domingo, janeiro 17, 2016

Um dia, quem dera, vou me libertar de todos os limites. Daqueles que me foram impostos. Daqueles que eu mesma me imponho. Daqueles que aceito e gosto. Dos que não conheço nem o ônus e nem o bônus. Dos que, simplesmente, desconheço. E pôr um ponto final com a guerra que travo diariamente com o espelho, quando a imagem do meu corpo nada mais for que um mero detalhe. Quando a imagem do meu rosto, sequer, se espalhe. Quando o meu cabelo não será.

E ir até onde jamais pensei alcançar. Conhecer o que jamais sonhei existir. Experimentar. Experimentar. Crescer. Aprender. Amadurecer. Evoluir. Mudar a mente. Ser cada vez menos gente. Ser figura única. Transcender sem me perder na pura e simples essência do ser. Quero ver, viver e enriquecer em unidade e em unicidade.

E atingir os polos. Rasgar protocolos. Desvendar os solos.

E ser sem ser apenas tola.
Ser sem ser apenas boba.
Ser sem ser apenas mais outra.
Ser sem ser apenas.