Sou quase Julho.
Longe Agosto desgosto.
Junho filho de Maio
Finalizou o outono de Março
Que cobriu o Dezembro verão.
Solstício de inverno
Onde os dias duram menos
E as noites duram mais.
Choro litros nas cidades.
No sertão sofreguidão
Secam verdes, animais.
Sou quase Junho
Frio e elegante.
O cinza é a minha cor.
O tempo que passou não mudou.
Estamos na mesma estação.
No mesmo vagão.
Enfim sou Julho.
Mais uma vez.
Instabilidade de Câncer.
Força de Leão.
Orgulho de mais um Inverno
Por 30 dias.
domingo, junho 30, 2013
Poesia
Quando o poema brota, não se deixa escorrer por entre os dedos o soar das belas palavras escritas num papel, e nem mesmo a doce canção das rimas. A poesia representa o amor, sentimentos de dor e alegrias, em versos nobres, em fios de cobre que conduzem a alma de quem se comove.
Poesia é energia transformada. É quando o homem não cala e o silêncio resguarda para ouvir o canto dos pássaros, a marcha das cidades, o riso das crianças e o choro do mundo.
Poesia é energia transformada. É quando o homem não cala e o silêncio resguarda para ouvir o canto dos pássaros, a marcha das cidades, o riso das crianças e o choro do mundo.
terça-feira, junho 04, 2013
25
Gostaria de fazer algumas
considerações, com certo atraso, sobre os meus 25 anos.
Vejo que, quase na idade de meus
pais casarem, ainda vivo num contexto “adolescente”. Sei que não é de
exclusividade minha, e que, talvez, seja um mal da geração. Geração de pais
que, hoje, pensam que os 20 e poucos anos é uma idade jovem para tanta
responsabilidade e que incentivam seus filhos, homens e mulheres, a investirem no
estudo e na profissão.
Geração esta em que as mulheres
trabalham e também são responsáveis, tanto por suas próprias contas, quanto pelas
despesas do lar.
Geração da liberdade sexual, em
que não se precisa casar para fazer sexo, e nem precisa namorar pra beijar na
boca. Não há pressa de se prender. Não há ditadura militar e nem ditadura da
religião, porque Deus é relativo e a bíblia deixou de ser tão sagrada assim. O
romantismo ficou “démodé”, e as atitudes reservadas para especial afeição
viraram puro prazer da “necessidade” humana.
Fato é que aos 25 não tenho mais
15. Tenho responsabilidades profissionais e uma mente mais amadurecida. Embora
acredite plenamente no discernimento adolescente, há de se convir que os anos
agregam, fatalmente, experiências. Mudam as interpretações, as compreensões, a
lógica, a visão de mundo.
Aos 25 você não quer mais ser
cobrado pelo que faz, como pensa, como age, mas se mora com seus pais – casa,
comida e roupa lavada – eles cobram de você, se não como tivesse 15, quase
isso. “Aonde vai?” “Vai com quem? Quem é?” “Não volte tarde” como se você, de
repente, pudesse sofrer um desvio. Mas aos 25 é certo que sua personalidade e
caráter já estão formados. Então não será ninguém que desviará o seu caminho a
não ser você mesmo. É tempo de sermos responsáveis pelos nossos próprios atos.
E se “o mundo de hoje não é mais
como o de antigamente”, temos que aprender a lidar com este que vivemos, do
contrário estaremos cada vez mais isolados, numa sobrevida de qualidade
suspeita e de falsa segurança.
Hoje, felizmente, sei que ser
feliz não é o mesmo que ser alegre. Alegria é um estado. Um momento. Alegria é
um sentimento passageiro. Ser feliz é uma opção; é como você enxerga e conduz a
sua vida. Ser feliz é amar tudo o que lhe cerca. É ter saúde! É ter amigos! É
ter a capacidade de amar. É amar e ser amado. É sonhar, acreditar no próprio
sonho, conquista-lo e depois sonhar de novo. Ser feliz é saber transformar os
erros em aprendizados e compreender que errar é humano! Ser feliz é positivar o
presente, evoluir com o passado e buscar um futuro melhor. Agora eu tenho a
consciência do quanto eu sou feliz!
Agradeço a Deus todos os dias
pelo privilégio de viver e de ser quem eu sou! Viva meus 25! E que ainda venham
muitos anos ainda mais felizes!
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